quinta-feira, 15 de novembro de 2012

# 122

O fetiche do trabalho em Miguel Macedo

Miguel Macedo já havia dito que Portugal não pode ser "um país de muitas cigarras e poucas formigas", vendo nisso "uma homenagem ao trabalho de todos aqueles que criam riqueza no país". Mas o fetiche do trabalho tem raízes tão profundas em Macedo que este atribui a responsabilidade dos distúrbios de ontem "a meia dúzia de profissionais da desordem" ao mesmo tempo que elogia o "profissionalismo" da polícia. E tanto profissionalismo é garantia de uma coisa séria.

4 comentários:

  1. O mais nojento de tudo, foi ver todos os que são figurões da nossa política (mesmo de fora do governo) a elogiar a acção da polícia frente ao parlamento.
    Ora, se umas quantas pessoas estavam a arremessar pedras e garrafas contra a polícia, o que configurará uma acção de violência dirigida e com um alvo específico (e não estou a fazer juízos de valor), então, a resposta da polícia a esta violência foi... violência. Mas, de uma forma irracional, descontrolada, indiscriminada, sobre todos os que ali estavam frente ao parlamento, não distinguindo os tais «elementos que praticavam actos de violência» de todas as outras pessoas.
    E foi o que se viu. Vergonhoso.
    E não se admirem, pois violência gera violência. E haverá mais violência.
    Impostos desmesurados sobre a população, e pedras da calçada sobre a polícia de choque, até acho que a balança está desequilibrada...
    Bem hajam.
    NM

    ResponderEliminar
  2. Não sejas parvo. Estavam ao pé de quem atirava pedras. Tiveram muito tempo para sair dali, para que não fossem confundidos com os desordeiros, foram avisados, não saíram. Querias que a polícia continuasse a levar uma chuva de pedras. Devia-te cair uma pedra na cabeça para ver se é bom. Ah povo ignorante!!! Uma coisa é não concordar com as acções do governo, outra coisa é agredir agentes da autoridade! Mas em Portugal, pensa-se que se pode fazer tudo, incluindo apedrejar os polícias.

    ResponderEliminar
  3. Eu vi bem vi os policias a bater, inclusivamente a bater num sem abrigo que estava na frente deles a frente do teatro da Barraca. agente de autoridade? não me parece. toda a gente diz que nao se pode ser violento mas a policia pode bater nas pessoas a sério. O desprezo pelas pessoas e arrogancia sao bem visiveis agora (inclusivamente nos comentarios ridiculos de sempre como esses) a policia adora bater senao nao ia para o corpo de intervenção. Que tristeza usar pseudo legitimacoes para o monopolio sobre a violencia que é o estado com os seus agentes da autoridade...

    DA

    ResponderEliminar
  4. Estou com vocês NM e DA. Ao Anónimo sem sigla apenas quero dizer que amigos meus que estavam mais ou menos perto dos manifestantes desordeiros não ouviram ou viram os avisos da polícia e juntamente com velhos, crianças e pessoas de cadeira de rodas levaram com a perseguição e cacetadas da polícia.
    Eu já estava em casa e pareceu-me que o que passou na RTP1 não foi representativo da realidade. Acho que a forma como se passaram as coisas mas principalmente como passaram nos media foi mesmo calculado para dividir a opinião pública e desencorajar as manifestações. Acho que o que é importante é unir as pessoas mesmo contando com a escalada de violência, mesmo que não haja consenso sobre a origem da mesma. Por mais polícia nas ruas nós seremos sempre mais. (Já agora, por acaso quando tinha uns 7 anos apanhei com uma pedra da calçada na cabeça e levei 3 pontos, mas foi só porque não tinha capacete).

    AM

    ResponderEliminar